segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Há 14 anos

Eis o significado do dia de hoje para mim: aniversário da conquista do Campeonato VRC de botão em 1992. Há 14 anos, jogando com o Cascavel, eu derrotava por 3 a 2 o Vinicius (que jogava com o Cruzeiro), após este cantar vitória antes da hora, e comemorava meu último título. Foi a "chave de ouro" de um ano vitorioso, já que em setembro eu havia conquistado o título da primeira edição do Torneio Farroupilha.

Foi um jogo empolgante. Saí à frente, mas ainda no primeiro tempo o Vini virou, 2 a 1. Durante o intervalo, ele cantava vitória, esquecendo que tanto no campo como na mesa, o jogo só acaba depois que o árbitro apita. Na segunda etapa, fui ao ataque, empatei o jogo, o que ainda não era bom pois o empate servia ao Vini. Foi ao final do jogo que "desvirei" a partida: 3 a 2.

Terminou! Título heróico, título histórico! Para o Vini, a derrota acabou servindo de lição: manteve o estilo de jogo, mas passou a jogar mais sério, sem menosprezar adversários, e assim conquistou o VRC em 1993, e os Farroupilhas de 1997, 2005 e 2006. Para mim, foi a última glória, desde então vivo literalmente do passado. Todas as vezes que chega setembro, sonho em reeditar 1992, mas fico só no sonho mesmo.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

terça-feira, 26 de setembro de 2006

A Vitória do Jogo Bonito

O bi-campeonato conquistado pelo Vinícius no Campeonato Farroupilha 2006, encerrado no último domingo, sinalizou também a vitória de um estilo de jogo. O Vini, desde sempre, foi o jogador mais agressivo de todos nós: bola para frente, o mínimo de tempo no seu campo de defesa, e um bombardeio de chutes a gol. Isso, associado à boa utilização do fundamento “passe”, foi um diferencial não somente do nosso atual campeão, mas também do vice, o Leonardo.

É um adeus ao futebol burocrático, que teve como último representante campeão o César, em 2004. Eu, claro, me incluo nessa categoria. Esse negócio de ficar prendendo bola, cercando as jogadas e na defensiva, não tem se mostrado uma boa estratégia nos últimos anos. Ao César certamente não se enquadram essas características, sendo seu jogo mais bonito e sofisticado, mas não escapando da característica de “burocrático”. Já era: enquanto o Vini e o Léo continuarem querendo encurtar o tempo de jogo à filosofia “não ta vendo que tu ta me atrapalhando?”, não venceremos mais.

Esse estilo de jogo teve ascensão com a então surpreendente vitória do Sato no Farroupilha 2003, quando sua objetividade o levou ao título. A ele, no entanto, se aplicou o mesmo que ao Inter pós-Libertadores, e que aprendi em Estatística: um ponto fora da reta não muda uma tendência. Coube aos jogadores mais tradicionais, leia-se Leonardo e Vinícius, enfatizarem seu estilo e passarem a ter o sucesso que vêm tendo nas últimas edições do campeonato.

Parabéns a eles, especialmente ao Vini, Bi-Campeão Farroupilha 2006!

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

A ausência de 2006

Em comentário à postagem sobre a conquista do Vini/Riograndense, o Cesar/Fortes e Livres já dá início ao clima de rivalidade para o próximo Torneio Farroupilha... Diz que o campeão teve menor dificuldade por não ter topado com o time de Muçum.

Provocações à parte, é verdade: o Cesar foi a grande ausência do Farroupilha 2006. O fato dele anunciar seu retorno em 2007 é motivo de satisfação a todos os participantes.

domingo, 24 de setembro de 2006

Vinicius, o Rei do Farroupilha


Não tem pra ninguém no Torneio Farroupilha. Campeão em 1997, 2005 e 2006 (é o primeiro a ganhar dois títulos seguidos), o Vinicius se iguala ao Diego, único que até então havia conquistado três títulos (1994, 1996 e 2001). Sem contar que o Vini já foi vice-campeão em 1996, e terceiro lugar em 2003 e 2004, enquanto o Diego jamais foi vice-campeão, e foi terceiro lugar nos dois últimos Farroupilhas.

Na final que foi quase uma repetição de 2005 (quando o Vini também derrotou o anfitrião Leonardo), bastante emoção. O Vini, jogando com o Riograndense de Rio Grande (mesmo time de 2005) fez 2 a 0 no primeiro tempo e parecia que o terceiro título viria com facilidade. Mas o Leo (com o RS de Alvorada, também o mesmo de 2005), que também buscava seu terceiro título (ganhara em 1993 e 1995), ouviu o coro bem-humorado da torcida, que pedia "Ei, Leo, tira o Michel!" (mesmo não tendo nenhum botão chamado Michel...), melhorou seu jogo e empatou em 2 a 2.

A decisão foi para a prorrogação, e tudo parecia indicar a decisão do Farroupilha nos pênaltis, o que não acontecia desde 2001. Porém, quando o Vini teve uma boa chance para marcar o terceiro gol, o cronômetro anunciou o fim do tempo regulamentar. A primeira bola para fora (ou o gol) decretaria o fim da partida.

Muito nervosismo nesta hora. O Leo pensando que poderia perder o campeonato naquela hora. O Vini, querendo muito fazer o gol para decidir o jogo logo e fugir dos pênaltis, dos quais guarda traumas: perdeu dois Campeonatos VRCs na marca maldita (para o Diego em 1994 e para o próprio Leo em 1996).

E saiu o gol: Vini 3 a 2, campeão pela terceira vez.

Parabéns especial ao Vinicius, grande campeão de 2006!

Mas também vale um parabéns especial a todos os participantes, por mais um Farroupilha! Graças a todos, o Torneio Farroupilha já tornou-se uma tradição entre nós, toda vez que setembro chega, uma das primeiras coisas que lembramos é o Torneio Farroupilha.